Sexualidade e saúde na adolescência: A importância de falar sobre orientação sexual

Falar sobre a orientação sexual durante o período que os filhos estão na adolescência não é uma tarefa fácil para alguns pais.

Seja pelo medo natural de ver seus filhos crescerem ou por acreditar que se falar no assunto, pode despertar interesse ou curiosidade no jovem, o fato é que muitos adolescentes acabam iniciando sua vida sexual sem saber direito o que estão fazendo.

O problema se torna ainda maior quando a criança, durante o período de transição entre a infância e a adolescência, começam a sentir emoções desconhecidas até aquele momento.

Adolescência: Um momento de muitas mudanças

Conforme a criança começa a entrar na puberdade, ela passa por várias mudanças. Essas mudanças, que são físicas e hormonais, acompanham mudanças pelo corpo, assim como desejos sexuais.

É preciso entender que isso é completamente normal, é o primeiro passo para ingressar na vida adulta. O que ocorre é que muitos pais não sabem o momento certo de ter essa conversa, e acabam adiando ou mesmo nunca falando no assunto.

Outro ponto que ainda é um tabu para muitas pessoas, é que alguns jovens começam a sentir atração por outros do mesmo sexo. E isso é visto de forma muito ruim por alguns pais, principalmente religiosos mais radicais.

Eles consideram que pessoas homossexuais estão agindo contra Deus e por isso as tratam como inimigos. Infelizmente, para muitas crianças que crescem nesse meio, se aceitar é muito difícil. Pois as pessoas que elas têm como exemplo abominam como ela se sente por dentro.

Por isso, é muito comum que jovens que sentem atração por pessoas do mesmo sexo reprimam sua verdadeira natureza. De forma que acabem sofrendo, por sentirem que não se encaixam na sociedade.

Leva algum tempo para as pessoas entenderem quem eles são e em quem eles estão se tornando. Parte disso inclui uma compreensão muito melhor de seus próprios sentimentos relacionados ao sexo e prazer e para quem eles são atraídos.

Mas o que é a orientação sexual?

É preciso entender que a orientação sexual é uma condição psicológica, não há como escolher.

Por exemplo, se um homem se sente atraído por outro homem, mas por medo ou vergonha do que os outros vão falar ou pensar se relaciona apenas com mulheres, mesmo que não tenha atração por elas.

Este homem do exemplo pode ser definido como homossexual, mesmo que ele não aceite isso.

A orientação sexual não é uma escolha, ela faz parte do que você sente por dentro. Além disso, a orientação sexual não é permanente.

Pode ser que uma pessoa heterossexual de repente se descubra bissexual, ou vice-versa. Por isso, é bom compreender que essas nomenclaturas servem apenas para ajudar a entender um pouco como cada pessoa se sente.

Os principais posicionamentos são:

Heterossexual

As pessoas heterossexuais são aqueles que sentem atração romântica e física por pessoas do sexo oposto.

Homossexual

As pessoas que se sentem atraídas por pessoas do mesmo sexo são chamadas de homossexuais.

Esse termo serve para se referir para mulheres e homens. Já se quiser ser mais específico, os homens são referidos como gays, enquanto as mulheres são chamadas de lésbicas. Contudo também há mulheres que se definem como gays.

Bissexual

Os bissexuais são pessoas que sentem atração tanto por homens, quanto por mulheres. Independente de qual sexo seja.

Assexual

Há também aquelas pessoas que não sentem nenhum tipo de atração física ou romântica por nenhum dos sexos. Essas pessoas são referidas como assexuais.

O que é LGBT?

Hoje em dia, o termo LGBT já caiu em desuso, um termo mais abrangente é o LGBTQIA+. Essas letras são siglas de várias orientações sexuais mais específicas: Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgênero, Queer, Intersexo, Assexual. E o símbolo de mais no final serve para enquadrar qualquer pessoa que não se enquadra em nenhum dos termos anteriores.

Há também a sigla LGBTQQICAAPF2K+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Queer, Questionando, Intersexuais,
Curioso, Assexuais, Aliados, Pansexuais, Polissexuais, Familiares, 2-espíritos e Kink). Mas a maioria das pessoas concorda que o LGBTQIA+ já engloba todas as categorias (e também é mais fácil de decorar).

Orientação sexual é diferente de gênero. Há pessoas que sentem como se tivessem nascido no corpo errado. Elas são chamadas de transgêneros. Apesar de ser mais comum que estas pessoas sejam também homossexuais, existem muitos casos que apesar de heterossexuais transgêneros.

É importante compreender que tais termos não foram criados para estereotipar uma pessoa, muito pelo contrário. Esses termos servem para mostrar que elas não estão sozinhas, que existem pessoas como elas na sociedade e que também possuem direito à saúde e sexualidade.

É possível escolher sua orientação sexual?

A maioria dos médicos especialistas entraram em consenso que a orientação sexual envolve diversos fatores, tais como psicologia, biologia e elementos do ambiente em que se vive. Também é provável que os genes e níveis de hormônios também possuam um grane papel na orientação sexual.

Por isso, escolher a orientação sexual não é uma escolha, você pode até lutar contra seus instintos, mas não é possível escolher ser hétero, bi ou gay.

E também não há nenhum mal em ser LGBT. Esse tipo de crença preconceituosa é o que mais dificulta a vida de jovens LGBT.

Como é ser LGBT na adolescência?

Para muitos jovens, que são LGBT, é difícil se aceitar pois parece que a sociedade espera que todos sejam héteros. Por isso, muitos jovens acabam se reprimindo sobre seus sentimentos e orientação.

Fazem isso por medo de receberem críticas ou sofrer preconceitos das outras pessoas, principalmente aquelas mais próximas, como os familiares e amigos íntimos.

Por isso, esse medo da rejeição e preconceito pode levar esses jovens LGBT a levarem uma vida infeliz, mentindo para seus entes queridos, em vez de procurar apoio para ser quem é de verdade.

Mas é preciso deixar claro para esses jovens, que muitos adolescentes LGBT são completamente aceitos por seus amigos e familiares. E podem ser felizes sendo quem eles são de verdade.

Contudo, nem todos os jovens tem essa mesma sorte ao resolverem se abrir. E por isso, ainda é muito grande os jovens que não se assumem. Principalmente em comunidades religiosas onde ser gay, não é considerado algo respeitável.

Viver com esse medo de se assumir pode causar grandes problemas psicológicos aos jovens, tais como depressão e ansiedade. Esses jovens também estão mais propensos a largar a escola e utilizar drogas e álcool para tentar amenizar sua dor.

As crenças estão mudando

Graças aos estudos e conhecimento trazido pela ciência. Muitas pessoas estão mudando sua mentalidade sobre a orientação sexual alheia.

Embora ainda aja muito preconceito, principalmente nas áreas religiosas. A homofobia é fortemente reprimida pelas leis do Brasil, e com isso, as pessoas LGBT se sentem mais confortáveis para ser quem realmente são.

Hoje em dia, o bullying nas escolas já se tornou algo inadmissível. E se assumir gay, está se tornando menos tabu do que era no passado.

Por isso, independente de sua orientação sexual, é importante que converse sobre sexualidade e saúde sexual com pessoas em quem confia.

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